De toda a obra que Deus começou a fazer, e que já fez, a noite de ontem foi extraordinária. Jesus deixou tudo e foi se encontrar conosco.
Estamos, durante o Eu+1, tentando dar uma resposta ao chamado de Deus. Desde o dia no qual você investiu para estar aqui, você começou a dar respostas a Deus. Afinal de contas, Deus se ocupou de chamar você.
Escolha de Deus
Deus quis chamar você! Escolher você para estar aqui! Isso já é motivo para nos alegrarmos! Poderia ter sido outro jovem. Deus escolheu você para estar aqui e para fazer apenas uma coisa: dar a sua resposta a Ele.
Como vamos dar respostas a Deus?
Estamos, durante esses três dias, fazendo o grito de Jesus chegar a cada um de nós, para que sejamos santos! Jesus diz, bem simples, para nós: “Exultai e alegrai-vos!” O próprio da juventude é a alegria. Próprio do jovem a alegria. Onde estamos, atingimos os outros com a nossa alegria.
São perseguidos e humilhados os que conseguem seguir a Ele. Os que desejam seguir a Jesus são perseguidos! Essa perseguição dá-se porque seguir a Jesus é entrar em um caminho novo. Esse caminho chama-se santidade. Por isso, Jesus, ao convidar a nos alegrarmos, Ele nos chama a responder a algo.
Jesus te trouxe para pedir tudo a você. Em troca desse tudo, Ele oferece, como garantia, a vida verdadeira. A felicidade para a qual fomos criados.
Para sermos santos, o Senhor pede de nós o tudo!
Dessa matéria de dar o tudo eu entendo. Quando eu fiz a minha experiência com Deus, eu tinha 17 anos. Cheio de planos e sonhos, querendo trabalhar, me formar, ir embora da casa dos pais e ser independente. Mas Jesus entrou no final de semana da minha vida e me disse: “Eu quero tudo de você!”.
E tudo aquilo que eu me armei, eu devolvi para Jesus, porque a primeira coisa que eu fiz foi me alegrar. Jesus alegrou um vazio e uma tristeza que já estava morando dentro de mim. Aos 14 anos, eu fui ao seminário buscando ser padre e, com um mês e meio que estava no seminário, caí numa profunda depressão. Não consegui ficar no seminário. Não aguentei a pressão, a vida do outro e a minha vida. Gerou-se em mim uma doença física.
Quando vocês se encherem de vocês mesmos, vocês não se aguentaram também!
Eu não conseguia estudar e nem conviver com outros seminaristas. O padre me convidou a vir para casa me tratar. Cheguei em casa revoltado e ferido profundamente comigo mesmo e, assim, comecei a ferir as pessoas que estavam perto de mim. Feri até as pessoas que vieram me ajudar. Quando ficamos presos em nós, no que sentimos ou no que queremos, vamos desperdiçando aqueles que querem o nosso bem. “É a minha vida e o meu mundo!”.
Achamos coragem de onde não temos para dar coragem ao que achamos que é certo dentro de nós. A fome do meu coração era de me vingar de todas as pessoas que eu entendi que me fizeram mal. Eu queria tirar minha própria vida para culpar o outro.
A gente sempre quer culpar o outro. Tornei-me um homem frágil, sempre a culpar os outros. Mas aí, num domingo como esse, numa manhã como essa, eu conheci aquele que me pediu tudo. Como alguém vai me pedir tudo se eu não tinha nada?
Eu imaginava que Deus só queria as pessoas perfeitas.

Mas Deus quis a minha vida! Quis tudo de mim e eu não entendi o que era dar tudo de mim. Mas eu abracei aquela força do amor que me abraçou. Não foi só um abraço. Foi uma força que me conquistou e conquistou a minha vida. Jesus nos quer santos.
Ele espera que não concordemos com uma vida superficial e medíocre. As pessoas tendem a dizer que os jovens são as pessoas mais indecisas deste mundo. Que todo dia quer algo! É assim o rótulo dos jovens. Mas Jesus está, hoje, pedindo tudo de vocês. O Senhor se apresenta para pedir a sua vida por completo, independente da sua idade.
Eu fui salvo, porque Jesus olhou para mim. Ele viu em mim a beleza que ninguém viu. O Senhor me deu a graça de ver isso em você, jovem. De ver o coração de vocês, de ver o que está aí dentro de vocês. Como Deus se utiliza de todas as coisas para que você possa dar tudo a Ele, o que vai ficar para você é a vida verdadeira, a felicidade. O mundanismo não tem vida. Não te dá a vida. Ele nos faz morrer.
Por isso que Deus nos dá o dom do discernimento. Há essas vontades em nós: vontade de Deus, a minha vontade e a vontade maligna. Através do dom discernimento, é possível saber se algo vem do Espírito, ou se deriva do espírito do mundo ou do maligno.
Na nossa vida, é necessária a capacidade de discernir. De saber o que é para mim, o que prejudica e o que não. A vida oferece inúmeras possibilidades de ação e de distração! Como somos distraídos e como há coisas que nos distraem!
A possibilidade de nós nos distrairmos nela é muito grande. Se sairmos do foco, não teremos a capacidade de dar tudo a Deus. Essas possibilidades nos são apresentadas como se fossem boas, mas atacam de forma violenta. Tenham cuidado com o que distraem vocês! Cuidado com as novidades mundanas! Elas só vêm para nos distrair! Ele, o maligno, vai destruindo pouco a pouco. Essa força do mal não deixa a gente mudar.
Ninguém vai perceber em vocês a mudança se vocês deixarem as forças do mal vencerem em vocês! Quando chegarem em casa, alguém precisa perceber que chegou alguém capaz de ser santo. A força do mal já te dá uma resposta de desistência: “eu não consigo!”.
Nós precisamos entender que a obra do maligno vai impedir o discernimento e o seguimento melhor a Jesus. Para ser santo precisa seguir a Jesus.
Vocês querem seguir Jesus?
Quando nós agimos com discernimento, conheceremos o tempo de Deus e não ignoraremos o seu chamado. Quando eu sei que é Deus, eu não ignoro. Eu respondo!
Vejam os enganos do mundo para nós, e nós vamos acreditando nisso!
Não podemos estar aqui, no Eu+1, apenas deixando Jesus ser uma massagem no nosso coração, em nossos sentimentos! Mas dar tudo a Jesus e nos tornarmos seguidores dele, para que nunca passe essa graça!
Aquele que pede tudo, também dá tudo! Isso é o mais belo! Jesus não nos tira a nossa juventude, nossos sonhos. Ele quer fazer parte da nossa vida!
Francisco Adriano Silva
Cofundador da Comunidade Filhos de Sião