Congresso das Famílias 2023
O apóstolo mostra o valor que possuímos em I Coríntios 6, 20. Glorifiquemos, portanto, ao Senhor!
O amor no ordinário
Rememoramos a nossa existência, e entendemos com a graça do Espírito que a família é um projeto divino, que está escrito no livro da vida, antes da sua existência, antes da fundação do mundo você foi predestinado para ser família, para sua casa. Deus decidiu a sua família.
Ao mesmo tempo que nos deparamos com essa realidade da família, chega-se a uma conclusão: nossas famílias não vivem todo dia “dias extraordinários”, rodeados somente de noticias boas. Não é assim! A vida familiar é constituída no ordinário, por momentos extraordinários e outros dolorosos. E isso vale para todos.
Podemos até comparar. É na escola que você senta para aprender muitas coisas importantes – embora não seja tudo – e aquilo que for aprendendo influenciará no seu futuro.
Também na família, não é no primeiro encontro que ela se constrói, mas é a partir do diálogo. É no processo do diálogo que vai ser formando uma família. Não chegamos prontos no processo de composição para ser família, porém, Deus nos prepara para sermos uma família segundo o coração dEle. Afinal, a vida com o Senhor será sempre um aprendizado. Inclusive quando Ele nos dá um “não” precisa ser encarado com uma providência. Até o não de Deus compõe o Seu amor divino, é um gesto de amor sobre nós.
Não é possível ser família desprezando a própria história. Bem como não dá para renunciar se antes você não ama. Ora, só quem ama consegue renunciar – é preciso se dispor ao amor! Dos pecados vergonha da sua história, não.
Escola de renúncia
Só consegue renunciar quem ama. De fato, sua família não foi construída para viver na fileira do vitimismo, a renúncia dói, é exigente, isso porque o amor é também exige de nós – por amor, nós sofremos, mas aguentamos até o fim.
Apesar do amor não nos ter dado garantia de que dará certo todos os dias – porque as dificuldades virão, devemos continuar amando. Mesmo que seja necessário parar e esperar o tempo de Deus diante de certas situações. Quem ama não para nos dias difíceis, mas espera as demoras de Deus.
Um preço muito alto que foi pago! Qual foi a renúncia de Cristo? Da Sua realeza celestial, Ele abdicou de sua realeza para descer a realidade humana, rebaixando-se ao gênero humano, descendo a uma realidade de lágrimas e ranger de dentes… Tudo por amor.
“Se você não sofre por amor, você não ama nada!” Quem ama está aberto ao sofrimento.
A renúncia é o que nos vai amadurecer. Trata-se de abrir mão de fazer algo por amor – é essa a maturidade da renúncia.
Evandro Nunes
Diocese de Santo Amaro – SP
Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Santa Rosália