A Paz de Jesus e o amor da Virgem de Sião!
Toda a pessoa de São Francisco foi centrada, mergulhada, emergida em Deus. Tudo na sua vida refletia Deus!
Ele tinha um pensamento fixo em Deus, levava uma vida de contemplação, a mesma que nos pede a viver os nossos Estatutos, quando nos fala da oração contemplativa.
Contemplar é ficar embevecido, olhar atentamente, escutar, apaixonar-se, deleitar-se, é amar o Senhor e ser amado por Ele. Deixar o Senhor lhe amar e ao mesmo tempo amá-lo é um encontro de amor.
O amor de Deus, fruto da contemplação, derramava-se em forma de cascatas no coração de São Francisco. Quanto mais ele olhava para Deus, mais o seu amor se derramava sobre ele. O Espírito de Deus inflamava o coração do irmão de Assis de um ardente amor a Deus. E nós bem sabemos que todo amor provocado em nós vem do Espírito Santo.
Quem é o Espírito Santo?
É o amor do Pai e do Filho derramando em nós! O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Precisamos urgentemente ter também este coração inflamado de ardente amor. O Espírito Santo pode inflamar e já inflama o nosso coração. E Ele quer inflamar-nos da mesma forma que inflamou São Francisco. Se nós deixarmos, o Espírito Santo vai longe. Uma verdadeira vida de oração nos deixa com um amor incalculável no coração. Basta que rezemos!
O sofrimento de São Francisco se deu por conta da humanidade indiferente à dor de Jesus na cruz. A humanidade não tinha amor a Jesus crucificado.
O que é Jesus crucificado?
É o próprio Deus mendigando o amor da sua criatura. Deus mendigando o nosso amor!
A fé vivida por São Francisco, era uma fé vertical e horizontal, como se fosse uma cruz. Vertical, porque a sua vida estava centrada em Deus. Ele vivia o que Deus queria e pensava. Horizontal, porque o seu encontro com Deus derramava-se nos irmãos, concretizava-se no irmão. Ninguém pode dizer que ama a Deus se não ama o seu irmão.
O olhar de São Francisco era sempre para o Céu, para que pudesse olhar a humanidade com amor. Não era apenas para ser de Deus, ele olhava para as coisas do alto para se debruçar na humanidade. É preferível amar que ser amado, perdoar que ser perdoado, dar que receber…
A humanidade corre um grande risco por não conhecer e não amar a Deus!
Nós não temos o direito de deixar nossos irmãos indiferentes a Jesus. Nós fomos escolhidos, selecionados e conquistados por Ele, e foi uma luta muito grande para essa conquista.
Como vamos amar uns aos outros se não amarmos Jesus? Como a humanidade vai amar se ela não ama o amor? Precisamos amar a Deus, a base de tudo é o amor a Deus. Entregue seu coração para Deus enquanto há tempo! Quem ama Jesus ama todos ao seu redor e ainda tem a vida eterna.
Precisamos viver inflamados! Quem tem vida de oração, teve uma experiência com Jesus e zela por este encontro, vive inflamado!
A nossa amizade com Jesus precisa ir até o fim, como diz São Paulo. Não importa a que grau chegamos, precisamos prosseguir decididamente. É uma amizade para a eternidade. Cultive a amizade com Deus! Vale a pena seguir firme nesta amizade!
Um coração inflamado de amor é capaz de tudo realizar! Ama, perdoa, dá, recebe… É capaz de a tudo se dispor. Um coração inflamado vai longe e se entrega! O contrário do coração inflamado é o indiferente, incapaz de sensibilizar-se.
Conduzidos por São Lucas 5, 12-15.
Nós não podemos permanecer indiferente a Jesus, olhemos os sinais e nos tornemos sensíveis à presença de Deus. É preciso aguçar a sensibilidade no Espírito Santo para perceber as coisas que nos põem de pé e o que nos leva para a eternidade.
O cristão precisa se tornar sensível à presença de Deus! Olhar as coisas com olhar de Deus!
Vander Lúcia Menezes Farias
Fundadora da Comunidade Filhos de Sião