Formação

Semana de Formação 2022: Um jovem chamado Francisco

Nascido em 1181, na Itália, filho de pais ricos, Francisco era um jovem que desejava conquistar, além da fortuna, também a fama e o título de nobreza. Para tal, fazia-se necessário tornar-se herói em uma das frequentes batalhas do seu tempo.

Foi a uma guerra incentivado pelo seu pai, pois sempre estava preocupado com o futuro do filho, e o motivava a buscar as coisas que lhe oferecessem um grande futuro.

Podemos até nos questionar: Quais guerras somos incentivados por nossos pais?

Passando a guerra, encontramos um jovem inquieto e não porque fazia parte da juventude. Lá ele adquiriu uma doença misteriosa e sua inquietude era porque não estava satisfeito com nada da vida, apesar de tudo que seu pai lhe oferecia. O sentido da vida, portanto, estava se perdendo junto com as tantas coisas.

Em seguida, o jovem Francisco foi convocado para guerrear novamente, mas agora para defender a sua Igreja, a pedido do Papa Inocêncio III. Ele estaria guerreando para defender interesses lícitos. E na busca do interesse, antes de guerrear, o jovem escuta uma voz: “Francisco, o que é mais importante, servir ao Senhor ou servir ao servo?” 

A voz escutada por Francisco mexeu profundamente com ele, a ponto de deixar uma experiência de amor. Em sua volta, ele encontra um mendigo na rua e propõe algo: eu quero as suas roupas, fique com as minhas. Ao fazer a experiência de trocar sua roupa por uma mais simples, ele concretizou sua maior felicidade. Voltou para a casa de seus pais, seguiu em silêncio e com espírito de oração. Em outro dia cavalgando, o jovem Francisco avistou um leproso que tinha um grande mal cheiro e chegava a dar nojo, mas ele, já com o coração completamente entregue a Deus, colocou na mão ensanguentada do leproso dinheiro e em seguida deu-lhe um beijo.

“O que antes era amargo mudou-se então em doçura da alma e do corpo.” A partir daqui, ele afastou-se por completo do mundo e entregou-se a Deus.

E você, qual experiência precisa fazer?

Francisco, após sua experiência, passou a olhar as coisas e as pessoas com o olhar de Deus. Qual o olhar que estamos dando para as pessoas?

Um dia, Francisco fez uma visita a capela de São Damião, fixou seu olhar no crucifixo e Jesus lhe falou claramente: “Reconstrói a minha Igreja. Ela está em ruínas!”

Para nós, hoje, o que Jesus pede que seja reconstruído? O que está em ruínas? O seu SIM?

O pai de Francisco, ao saber de tudo que estava ocorrendo, ficou muito indignado, pois não era esse o futuro que ele tanto planejava para seu filho. O que o pai de Francisco almejava não era o que Deus planejava. Então, o pai resolveu cobrar de Francisco tudo o que lhe havia dado e, para isso, o levou na presença de um bispo. Assim sendo, Francisco entregou tudo o que tinha a seu pai, até mesmo suas vestes (ficando despido de tudo), e proclamou que a partir daquele momento seu único pai era o celeste. Dessa forma, afastou-se da família, dos amigos e se entregou ao serviço de cuidar dos leprosos e da construção de capelas na cidade.

Francisco, em sua caminhada de santidade, um certo dia, escutou durante a celebração da Santa Missa na leitura do Evangelho: “Não leveis coisa alguma para o caminho, nem bordão, nem mochila, nem pão, nem dinheiro, nem tenhais duas túnicas.” Lucas 9, 3. Essas palavras de salvação ecoaram no coração de Francisco com muita força e com muita luz. Francisco disse cheio de alegria: “É isso que eu quero, é isso que meu coração deseja.” A partir daí, decidiu que sua vida seria a pura letra do Evangelho.

E você, qual a letra do Evangelho da sua vida?

Francisco saiu percorrendo toda a vizinhança levando o Evangelho. Ele não tinha intenção nenhuma de adquirir seguidores, mas somente de viver a sua vida de amor a Jesus, aos pobres e evangelizar. Só que logo seus amigos começaram a lhe seguir e a viver a mesma vida de entrega total.

Senhor, que o nosso interesse seja falar de ti, falar do teu amor, viver o teu amor aonde quer que estejamos.

As passagens que nortearam a vida de Francisco e de seus amigos foram as palavras que os inquietaram:

Eu não tenho nada, porque dispensei a riqueza do meu pai, mas serei rico de um modo diferente, com tudo que perdi. Francisco não queria a pureza, queria viver com os impuros. Francisco se converteu com uma certeza de nunca julgar o mundo, mas amá-lo, assim oferecendo a sua vida e o seu louvor.

Essa história aqui contada é de São Francisco de Assis.

Francisco Adriano Silva
Cofundador da Comunidade Filhos de Sião

Conheça nossos autores

×