O Senhor nos acolhe em casa e nos faz um grande convite: sentar à mesa com Ele. Isso é tudo que precisamos para preencher nosso ser, nossas pretensões e nossas vidas
Prossigamos a meditação do Evangelho de São Lucas 14, 16-20.
Antes de mais nada, iniciemos a reflexão de hoje com um alerta: não temos tempo a perder – busquemos viver aquilo que vivíamos em nossas raízes, os cuidados e o zelo com a obra do Senhor. Somos chamados a dar o que é bom – o melhor – para Deus.
De volta ao Evangelho, em meio à recusa dos convidados o Senhor, em nenhum momento, cogitou cancelar a festa. O ambiente estava todo ornado, tudo estava pronto! O Senhor não queria acabar com aquela festa.
Em vez do cancelamento, uma alteração na lista de convidados. Os novos convites foram acolhidos por pessoas marginalizadas: coxos, pobres, aleijados e cegos, todos os tipos de deficiência. Trazendo esta lista para a nossa vida, podemos interpretar como: o orgulhoso, o prepotente, o invejoso, o cheio de si…
Este novo grupo de convidados estava faminto, e nunca poderia imaginar que estaria em um grande banquete. Foram pegos de surpresa nas ruas, praças, encruzilhadas e entre outros lugares… Afinal, a única coisa que poderia os impedir, em relação aos primeiros convidados, seria a inadequação, ao considerarem-se incapazes de ir a um banquete.
Nós fomos tomados à força e arrastados porque, se fosse de outro jeito, não estaríamos aqui.
Precisamos atender o convite do Senhor – o que estamos esperando para ir ao Seu encontro? Ele que preparou tudo para nós, com que estamos nos ocupando e enchendo nossa vida?
“Venham, está tudo preparado!” Nós não precisamos fazer nada! Não importa se somos de caminhada ou não, pois todos somos pecadores e, por isso, precisamos da glória de Deus. O convite é para todos nós!
Além disso, Satanás quer dispersar e confundir esse rebanho. Os convidados da primeira lista estavam apegados aos próprios interesses. Por nossa vez, é necessário nos desapegar daquilo que tem roubado nosso desejo pelo banquete, visto que o reino de Deus, para nós, tem perdido o valor.
Então, o que você pode lucrar com seus interesses?
O Senhor nos convidou por gratuidade. A nós que estamos ocupados com nossos afazeres, os quais nos tornam escravos do espírito e incapazes de atender essa gratuidade do convite divino. O Senhor nos chama de graça!
Se não compreendermos a gratuidade do convite, nada compreenderemos: Deus é sempre gratuito. Seu comportamento é sempre gratuito e não tem limites – Ele recebe a todos.
Diante disso, é cabível questionar: qual o preço para entrar no banquete?
Ser carente no corpo e na alma. Eis o preço para os que precisam de cura, e principalmente a cura do amor.
Os que possuem seus próprios interesses não entendem a gratuidade.
Como pode Deus, que é tão grande, amar a mim, que sou tão pecador, e eu continuar ainda a viver dos meus interesses? Quem sou eu tão ruim assim? Se não entrarmos na dinâmica da gratuidade, não conseguiremos compreender a Salvação de Deus.
Ser salvo é um dom, e só se responde a um dom, oferecendo outro: precisamos ser gratos ao Senhor!
A salvação não se compra… É preciso, simplesmente, entrar no banquete! Feliz aquele que sentar à mesa do banquete de Deus.
Não percamos a capacidade de nos deixar ser amados por Deus!
Francisco Adriano Silva
Cofundador da Comunidade Filhos de Sião