A missão do Filho de Sião é pautada em São Camilo de Léllis, ele nos inspira o nosso ide para construirmos a nossa vida de Comunidade entre irmãos e na sociedade. Somos inspirados e impulsionados pela Igreja.
Conduzidos por São Mateus 28, 18 – 20
São João Paulo II em um discurso para o dia mundial das missões em 1981, diante de uma numerosa multidão ele pediu que a Igreja fosse missionária. Uma Igreja que não é missionária não é católica em sua plenitude. Ele se referia a algumas comunidades e Igrejas que estavam se fechando. Uma Igreja fechada em si ela morrerá, é uma Igreja morta.
Parafraseando São João Paulo II: Uma Comunidade que não é missionária ela não é plenamente católica.
“Verdadeiramente o Espírito Santo é o protagonista de toda a missão”. Sem o Espírito Santo nós não seremos missionários, seremos carreira solo. Podendo até fazer sucesso, mas sem o Espírito Santo não existe missionários. Quando partimos em missão sem o protagonismo do Espírito Santo nós não conseguiremos alcançar nenhuma alma.
Estamos em Cenáculo que faz memória ao nosso baluarte São Camilo de Léllis que nasceu em 25 de maio de 1550, dia de Pentecostes. Sua mãe Camila Compelli, muito católica atribuiu a um milagre de Deus na sua vida, pois tinha quase sessenta anos.
Ele não nasce como o santo pronto! Foi um homem que passou por turbulências, se deu aos caprichos do mundo, aos apetites da carne e enveredou por tantos caminhos em farras, bebidas, mulheres e jogos. Chega um dia em que São Camilo entra ao serviço militar e adquire vícios e também a sua ferida no pé. Que mais tarde entenderá como um presente de Deus.
São Camilo deu muito trabalho a Deus para se converter. Ele teve uma oportunidade de ser catequisado pela sua boa mãe católica, ela lhe colocou muitas catequeses em sua vida. Certo dia ele viajando para Itália de barco, lhe veio uma revoada, uma rajada de vento e o barco ameaçou a afundar e ele e seus amigos perderiam a vida. Nesta situação ele começa ter o primeiro estalo de conversão para uma vida de missão.
Acontece o mesmo conosco, temos momentos marcantes que também nos impulsionam o que nos fora transmitido sobre Deus.
Neste momento São Camilo se lembra do que sua mãe pregava: “O homem não pode morrer sem a confissão.” E ali São Camilo foi convidado por um de seus amigos que estava com medo de morrer para fazerem uma promessa a Deus. A promessa era que se escapasse da morte iria se converter, mudar de vida e morar no conventos dos capuchinchos.
Aplaca-se o vento, a tempestade cessa e eles conseguem chegar à margem sã e salvo. Mas na hora que desceu barco, São Camilo esqueceu da promessa, alegando que não iria cumprir, pois tinha sido induzido pelo seu amigo.
Seguiu sua vida de farra, bebedeira, brincadeira, vícios de baralhos a ponto de apostar sua própria roupa. No mundo São Camilo perdeu tudo e passa a mendigar. Até que chega no convento de capuchinchos e pede para servir em troca de algo para comer. No convento ele escuta a palavra de Deus e começa a engatinhar na sua missão. Mas, ainda assim São Camilo vivia uma conversão meia boca.
Na primeira dificuldade São Camilo sai do convento dos capuchinchos e volta para o mundo em uma nova recaída e acaba ferindo mais a chaga que existia em seu pé.
Ele chega ao hospital São Tiago, em Roma. Neste hospital ele começa a ter uma experiência com o amor de Deus na pessoa do enfermo, sentiu-se profundamente tocado e resolveu trilhar uma vida de oração. Com a ajuda do administrador do hospital, São Camilo conseguiu um quartinho para seacomodar
Nesta ida e vinda ele entendeu que era ali que Deus o queria.
Inicia o ser missionário de São Camilo de Léllis. Sua vida de conversão, ele entendeu que Deus queria que ele cuidasse dos feridos. Por um tempo São Camilo tinha a missão de entregar alimentos aos pobres. Ele entregava esses alimentos em uma mula e certo dia a mula empancou e ele caiu, com a queda sua ferida no pé aumentou. Com a queda São Camilo entendeu que alguma coisa estava acontecendo era dia 02 de fevereiro de 1775 com 25 anos. Ele entendeu que a mula empacada era sua vida de cristão. De idas e vindas.
Quanto de nós embalamos a nossa vida missionária e vocacional. Chegamos a nos relacionar bem com a Comunidade e com os irmãos da Comunidade e aqui a gente acha que está navegando na santidade, que chegou o ponto auge, a áurea da vocação e missão. Mas uma coisa nos falta a experiência com o crucificado.
São Camilo entendeu que precisava deixar de ser uma mula empacada e navegar a sua vida no mar do coração de Jesus. Em sonho ele ouve Jesus dizendo pra ele: “Pusilânime, pusilânime, essa obra é minha e não tua!”
São Camilo em seu quarto fazendo sua oração em frente ao crucifixo ouviu novamente o que tinha escutado de Jesus no sonho: “Pusilânime, pusilânime, essa obra é minha e não tua!” Narra-se a história que o crucifixo se despregou da cruz e abraçou São Camilo de Léllis.
A partir deste acontecimento ele entra de fato na missão, com todo vigor. Uma das regras de sua missão é pedir a Deus o amor de mãe para cuidar dos enfermos e começou a formar esses agentes transformando-os em “serafins de amor”, com a missão de socorrer os enfermos com a ternura de mãe.
Nada mais une o homem a Deus do que a caridade para com o irmão! Mãos sujas são aquelas que retém algo para Deus.
Nós temos que ir em missão com o coração na mão. Coração na mão é ter o despojo, se desprender e colocar o coração na obra, transferir o coração, força, habilidades, talentos e tudo que nós temos para retermos almas para Deus.
A nossa vocação, chamado, eleição não foi para participar de um clube de recreio ou amigos, mas para sermos missionários e atrair almas para Deus. Se a sua missão não frutifica, você não está indo abordado e abastecido pelo Espírito Santo.
São Camilo entra na missão a partir do encontro com Cristo Crucificado.
Precisamos ter a consciência de que o Amor não é amado e que nós precisamos amá-lo para que outros o amem também com o nosso jeito próprio de ser. Essa é a nossa missão. O que mais realiza um Filho de Sião é quando ele vive bem a sua vocação de céu.
O Filhos de Sião passa pelo Cristo Crucificado que é a nossa dimensão Cristológica.
São Camilo de Léllis entendeu que o que mais nos une a Cristo é a caridade. Precisamos pedir a Deus a graça de colocar mais coração nas mãos.
“Quando perdi a visão eu passei a enxergar mais a Deus e sua Igreja”. Paulo Filho
Um Filho de Sião fechado em si mesmo é empacado, é morto!
Paulo de Tarso Silveira Filho
Consagrado na Comunidade de Aliança com Promessas definitivas