Formação

Maria, Peregrina da Esperança

Aprendi que quando somos chamados para pregar a pregação serve primeiro para gente…

Existem mães que abandonam seus filhos?
Sim, existem histórias de mães que abandonam seus filhos. É uma realidade que vemos com frequência. Sabemos, humanamente falando, da necessidade que temos de uma mãe, principalmente durante a infância.

Precisamos, cada vez mais, ser crianças sob os cuidados de Maria. Uma mãe na terra pode abandonar seus filhos, mas Maria nunca fará isso conosco.

Estamos no mês de maio, um tempo que nos traz muitas graças vindas de Maria. Mas, além de pedidos e bênçãos, precisamos cultivar intimidade com Nossa Senhora. Ela conhece o caminho que nos conduz ao céu.

Mãezinha, eu preciso de ti para chegar lá. Ajuda-me, ensina-me…

Ela é a Mãe da Esperança. Como é importante termos o amparo dessa mãe! Não é algo que parte de nós, mas algo que vem dela. Perdemos muito quando queremos caminhar sozinhos. Até Deus quis ter uma mãe… Quem somos nós para achar que não precisamos dela?

Quando nos abrimos a ela, mesmo que estejamos afastados, ela nos chama para perto, porque é a primeira interessada em nos conduzir ao céu. Somos chamados a olhar para Maria como um farol que ilumina, um exemplo de paciência. Maria soube esperar. A Mãe da Esperança — olhemos para ela, independentemente do que estivermos vivendo.

Conduzidos por João 19, 25-27

Não existe filosofia nem pessoa capaz de descrever o que Maria sofreu aos pés da cruz.
Ela é a pessoa ideal para nos ajudar a viver nossas dores, pois, mesmo diante da crucificação de seu Filho, ela saiu vitoriosa. Não importa o momento ou o contexto: Deus nos deu uma mãe para estar conosco, para caminhar ao nosso lado e nos conduzir à vitória.

Nossa Senhora está aqui por nós e para nós

Maria é o nosso tesouro. É aquela que Deus escolheu para nós, porque sabia da nossa necessidade. O Cristo que a Igreja nos apresenta foi pobre, não tinha onde reclinar a cabeça. Esse foi o legado que Ele deixou — não foi riqueza.
Qual é a nossa verdadeira riqueza? Jesus.

Tudo o que conquistamos aqui passa. Mas Jesus não passa em nossa vida. Ele é a decisão mais certa que podemos tomar hoje.
Tudo passa. Deus permanece. Lembremos sempre disso. A qualquer momento, a Mãe da Esperança vem nos consolar. Ela é a primeira interessada em nos conduzir a Cristo — Aquele que não passa. Isso nos protege da desesperança no coração.

Nosso sofrimento tem poder de redenção em nossa vida. Tem poder de transformação. Amadurecemos diante da dor. Se não soubermos como, olhemos para Maria. Precisamos entender que quem não vive com esperança, vive no desespero.

A desesperança acontece quando paramos de olhar para Deus e olhamos apenas para nós mesmos. Maria sabia que, por sua própria força, não conseguiria. Por isso, confiava inteiramente no Senhor.

Conduzidos por Romanos 5, 3-4

Quando vem a tribulação e conseguimos enfrentá-la, isso gera em nós paciência.
Para saber esperar, é preciso ter paciência — e ela gera em nós um fruto de fidelidade. Maria permaneceu até o fim, e é isso que vai comprovar em nossa vida a verdadeira esperança. Maria, aos pés da cruz, no momento de maior dor, manteve-se de pé. Porque ela soube esperar. Nós temos uma tendência humana de nos prostrar diante das dificuldades.

Quando o anjo anunciou a Maria, disse que o Filho seria grande, chamado Filho do Altíssimo, e que seu reino não teria fim.
Diante da cruz, ela lembrou: “Isso não é o fim.” Ela soube esperar, e Jesus entregou a humanidade aos braços de Maria. Ela é nossa mãe, independentemente da nossa predisposição.

Ela não teve medo. Teve esperança

Quantas vezes paralisamos pelo medo, por nossas convicções humanas, por não acreditarmos naquilo que Jesus deseja para nós?

“Não temas.” O anjo disse a Maria. Jesus repetiu aos discípulos: “Não tenham medo.” Que hoje essa palavra possa ecoar em nossa vida: Não tenham medo.

Qual é a nossa posição diante da cruz?

Nossa Senhora nos ensina: “Fazei tudo o que Ele vos disser.” Ela levantou-se e partiu apressadamente para servir. Esperança não significa ficar de braços cruzados — precisamos estar em movimento.

Conduzidos por Lucas 1, 45

“Bem-aventurada aquela que acreditou!” — em meio a tanta desesperança. Acreditemos. Acreditemos, sobretudo, no céu.

Alessandra Safira Capistrano
Consagrada na Comunidade de Aliança Filhos de Sião

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