“Maria Santa e fiel, ensina-nos a viver como escolhidos… Olhos voltados para o Céu, e por ele construir a nova vida!”
“No Sábado Santo a Igreja nos convida ao grande silêncio. Certo padre uma vez exortou que só aqueles que têm vida de oração são capazes de silenciar, do contrário, o barulho é o que há no seu interior. É o dia da Semana Santa dedicado à Virgem do Silêncio – Maria Santíssima. Ora, se domingo é o dia do Senhor, sábado é o dia dEla”. Mons. Jean Baptiste Chautard
Reflitamos com Lucas 18, 41-42, a cura do cego de Jericó. Afinal, que tem a ver essa cura com a espiritualidade deste dia? A fé que salvou, curou aquele cego o levou a ver. Mais do que ser curado fisicamente, aquele homem pedia cura espiritual, isto é, para ver a Deus. E foi concedido o pedido, Jesus o curou, permitindo que o olhar dele voltasse para o Céu. Fazemos uma analogia à Maria, no Calvário, Ela foi a centelha de fé, que não tirou os olhos do alto.
Com paciência, esperança e confiança devemos viver o Sábado Santo, a exemplo da Mãe de Jesus. Ao olhar para a Cruz, para o Crucificado podemos enxergar que, ao morrer mostrou que era homem, porém, ressuscitando, provou que era Deus.
Na Cruz acontece o encontro do amor, é o trono da Misericórdia – amor derramado pela miséria, por toda a humanidade. Por isso a “pressa” de Cristo para ressuscitar, pois Ele quis consolar os apóstolos, mas sobretudo Maria. Pois seu imaculado coração de Mãe estava ferido pelo filho – injustiçado e morto.
Por isso, quando vamos à Maria, Ela vem a nós. Neste sábado de “luto”, vamos à Mãe para consolá-La, mas ao entrarmos em sua presença nós saímos consolados. Ela é a Mãe de Misericórdia, que viveu a fé expectante. No suplício da crucificação, quem teve essa experiência foi o discípulo amado – São João permaneceu até o fim com Cristo, e com Maria.
Podemos questionar como Maria conseguiu passar por tudo aquilo – pois já ouvimos muito dizer que as dores que Cristo sofreu no corpo, Ela sofreu na alma – sem desespero… E a resposta encontramos na sua fé: Ela tinha certeza da Ressurreição. E o Ressuscitado não demorou em confirmar a espera de Sua amada Mãe.
“Os devotos de Maria não perecerão” (Santo Afonso Maria de Ligório).
Por causa da intimidade de São João com Maria Santíssima, ele pode permanecer até o fim. A ponto de recebê-La de Jesus, da Cruz, como mãe – representando a maternidade de Maria sobre a Igreja.
São Luís de Montfort nos ajuda a compreender: Se Cristo “precisou” dela para ser encanado e cumprir a missão salvífica, também nós precisamos dEla para alcançarmos a Salvação.
“De Maria não é preciso dizer nada: dizendo que Ela é a Mãe de Deus, já se disse tudo”.
Logo, abracemos esta boa Mãe: os mais íntimos dEla serão os mais íntimos de Cristo! Imitemos esse luminoso exemplo de fé, de coração atento à voz de Deus, de entrega à Vontade divina. Afinal, São Maximiliano já profetizava: a nossa geração se encontrará com Cristo por meio de Maria Santíssima.
Paulo de Tarso Silveira Filho
Consagrado na Comunidade de Aliança com Promessas Definitivas