VOCACIONAL FILHOS DE SIÃO

Dimensão Evangélica do Carisma

“Sem medo algum se amem mais, o Teu Espírito é o que os torna capazes”…

Conduzidos pelo Evangelho, pela “Boa notícia, de São João 15, 11-17.

Deus nos quer alegres, não de maneira forçada – como com um sorriso falso, mas com alegria completa. A partir disso, este é o mandamento, é a ordem do Senhor para nós: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amo” (cf. Jo 15, 12). Ele nos ordena o que Ele mesmo fez primeiro, e repete muitas vezes no texto sagrado.

Despojamento de Amor

Afinal, por quem Deus deu a vida? Deu por aqueles que não O amavam, que O tinham deixado, abandonado, desprezado… O amor é comprovado quando é dado por quem não ama de volta.

Na prática, Jesus não morreu de amor por uma multidão. Na verdade, Ele se deu por uma única pessoa: Jesus se entregou por você. E Ele amou de um jeito próprio, o mesmo modo o qual nos chama a imitá-Lo no amor. Ele que nos escolheu para esta empreitada, não foi uma iniciativa nossa. E ainda vai mais longe, quando diz que não seremos Seus amigos se assim não o fizermos.

O “outro” que devemos amar segundo Cristo não é apenas aqueles que convivem nas nossas casas, famílias… Mas o “outro” que não nos ama, nos despreza, nos rejeita. Esta é a dimensão evangélica do Filho de Sião.

O Carisma é composto por Cristo e pelo Evangelho: agora a obra está completa. Assim, o filho de Sião é convocado ao amor – amar como Cristo, da forma como Ele nos amou. Ora, daqui para frente, o intuito é amar o outro dando a vida.

Por que Cristo nos ama tanto?

Em primeiro lugar, Ele nos ama tanto porque está repleto de amor: “Deus é amor” (cf. 1 Jo 4, 19). Amor infinito, santo e puro, que transborda e se derrama sobre nós – mas também porque cada um é profundamente importante para Ele. Não ama pelos méritos, honrarias, cargos; independente da cor de pele, condição financeira ou física. Somos, portanto, filhos muito amados. Dessa forma, sendo filhos, a Comunidade é formada de irmãos: não há maiores ou menores, melhores ou piores. Somos todos irmãos.

No entanto, nós somos indiferentes ao outro. Insistimos a viver como que com inimigos. Com tanta facilidade nos chateamos, guardamos rancor, ódio. Não é esse o nosso chamado! Vamos amar! Afinal, o amor jamais acabará (cf. 1 Cor 13). E a novidade deste mandamento consiste não no ato somente, mas no “como”: amar como Cristo.

Como consagrados, somos convocados a olhar para Jesus como modelo de amor. É a parte de Cristo que está impressa em nós, é o trecho do Evangelho que está inscrito em nós.

Deus é amor!

O discípulo amado revela em 1 João 4, 7ss que Deus é amor. Veja que ele inicia o texto expressando “caríssimos”: o ‘outro’ é caro! O ‘outro’ tem profundo valor, e é amado por Cristo. Desse modo, como não acolher o convite proposto pelo Senhor? Demos a vida uns pelos outros. Foi para isso que Ele nos chamou, nos colocou numa Comunidade.

Deus não nos pede nada que Ele já não nos tenha dado antes: É Ele quem nos capacita!

 

Vander Lúcia Menezes Farias
Fundadora e Moderadora Geral da Comunidade Filhos de Sião

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